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Estar em Grounding

  • sitelibertas
  • 17 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

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Para Alexander Lowen estar grounding é estar em contato com a realidade. É estar em contato com o chão, enraizar-se, estar sobre os próprios pés e pernas; o que implica sentir-se mais seguro, mais centrado, podendo suportar uma maior carga energética e os mais diversos sentimentos, é poder sentir toda a intensidade da vida.

No mundo de hoje, as mudanças constantes numa extrema aceleração e as pressões para se ter cada vez mais, para crescer e chegar a patamares sempre maiores; tendem a levar o indivíduo a um nível de angústia e ansiedade muitas vezes insuportável.

É preciso estar grounding, que é o oposto de estar suspenso, preso por uma ilusão, e construir alternativas buscando maior flexibilidade para suportar os abalos e sustentar a intensidade da vida.

Estar com os dois pés no chão é uma expressão popular que diz do fato da pessoa estar em contato com a realidade, agindo sem a pressão da ilusão de segurança (consciente e/ou inconsciente).

Em sentido literal, todos temos os pés no chão, mas, em nível energético, isto nem sempre acontece.

Se a energia da pessoa não flui vigorosamente até os pés, o contato sensitivo ou energético com o chão fica seriamente limitado.

Um contato superficial, como nos circuitos elétricos, nem sempre é suficiente para assegurar o fluxo da corrente .

Num sistema elétrico, o acúmulo súbito de carga pode queimar uma parte da instalação ou provocar um incêndio, assim como na personalidade humana, o acúmulo de energia também poderá ser perigoso caso a pessoa não tenha contato com o chão.

A pessoa pode fragmentar-se, entrar em pânico e ou em depressão.

Quanto mais a pessoa sente seu contato com o chão, mais consegue pôr-se em seu lugar, mais carga consegue suportar e com mais sentimentos consegue lidar. (Lowen).

Considerando o desenvolvimento do indivíduo como um processo, onde suas experiências vão construindo sua personalidade e seu corpo, acreditamos que os indivíduos que durante a infância foram bem cuidados, isto é, receberam apoio e suporte adequados( holding), desenvolveram um bom grounding.

Winnicott escreve que no início da vida do bebê a mãe tem realmente duas funções importantes: a primeira é tentar proteger a criança contra a invasão excessiva vinda de fora, excesso de estímulos e de interações. A outra função é ajudar a criança a não ficar inundada por seu próprio desconforto interno.

Quando a aflição da fome ou da dor surge no bebê, a mãe deveria estar disponível dentro do que Winnicott chama um tempo “suficientemente bom” para prover uma nutrição “suficientemente boa” de modo a evitar que a criança fique inundada por sua própria aflição e conseqüentemente, consiga manter seu próprio estado natural de equilíbrio.

Ao ajudar o bebê a manter seu equilíbrio interno, a mãe funciona como um ground para a sua energia, como uma ponte energética humana entre o sistema de energia do bebê e o mundo.

Como menciona Robert Hilton, também o bebê precisa do fio-terra da mãe de modo que seu sistema não fique sobrecarregado e que ele possa comunicar suas necessidades para o mundo.

Assim há um enraizamento de seu próprio ser, há a construção do sentimento de segurança no desenvolvimento do seu ego no que se refere à interação com o mundo e podemos afirmar que esta capacidade se constrói e se estrutura a partir da mais tenra idade.

Partindo desta afirmação e baseados no conceito de grounding, propomos uma vivência em que os participantes possam se experimentar nas diferentes fases de desenvolvimento, estabelecendo a relação do holding nas diversas fases com o grounding como adultos.

A partir desta experimentação esperamos que os participantes possam sentir e refletir sobre o que precisam desenvolver e fortalecer para criar um bom grounding em suas vidas.

Lembrando que para Lowen a pessoa grounded sabe onde está e portanto sabe quem é, tem seu lugar, é alguém. Neste sentido, está identificado com seu corpo, ciente de sua sexualidade e orientado para o prazer.

“O crescimento é um processo natural, sua lei é comum a todos os seres vivos. Uma árvore, por exemplo, cresce para cima se sua raiz cresce para o centro da terra. Nós aprendemos com o estudo do passado. Sendo assim, uma pessoa, só pode crescer, se firmar suas raízes em seu passado. E o passado de uma pessoa é seu corpo”.

Leila Maria Pereira Dias Sardão e Maria Aparecida do Vale – Analistas em Bioenergética –Libertas

Bibliografia

Lowen, Alexander – “Bioenergética” Summus Editorial, São Paulo – 1975 Davis,Madeleine e Wallbridge, David, “Limite e Espaço” – Uma introdução à obra D.Winnicott – Imago Editora

Fonte: http://bioenergetica.com.br/site/index.php/2015/05/30/estar-em-grounding/


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